Supremo Tribunal do Brasil referenda "conciliação" da Comissão fundiária no Mato Grosso e expropria 150 famílias de 12 mil hectares em favor de empresas especializadas no mercado de terras. A Trust Agro Company Holding e M2W properties holding são acusadas de falsificar os títulos de propriedade.
O mercado de terras no Brasil se consolidou como um dos mais atrativos e dinâmicos do mundo, principalmente pelos ativos florestais. Suzano e BTG Pactual Timberland Investment Group fizeram a maior transação ao comprar 70 mil ha para eucalipto no Mato Grosso do Sul, seguida pela empresa Klabin para florestas plantadas, SLC Agrícola, Brasil Agro e os Fiagros.
Agricultura e pastagem expandiram 417% na Amazônia brasileira nos últimos 39 anos, ocupando 66 milhões de hectares em 2023. No Cerrado, a expansão foi de mais 68%, atualmente 90 milhões de ha. Pecuária (164 milhões de ha), soja (40 milhões ha) e cana (cerca de 9 milhões ha), ocupam 77% do total da área agropecuária.
Raízen (Cosan) é a maior dona de terras agrícolas no país, com 1,3 milhões de ha para produção de cana de açucar e agrocombustíveis, seguida pela SLC agrícola com 684 mil ha entre soja, milho e algodão; além da família Maggi, que também opera na Agentina e Paraguai.
Alta do dólar gera aumento de 17% nas buscas de estrangeiros por terras no Brasil nos últimos 3 meses, liderada por EUA, Japão e Reino Unido. Com cerca de 3 milhões de ha formalmente controlados por estrangeiros, a tendencia deve inflacionar ainda mais os preços das terras no país.
Al Dahra busca áreas com no mínimo 10 mil hectares para seus projetos no Brasil, com potencial para expansão até 100 mil hectares
Suprema Corte do Brasil proíbe despejo de 48 famílias de assentamento no Mato Grosso por não haver infraestrutura básica para acolher as famílias. As empresas M2W Properties Holding Ltda. e Trust Agro Company Holding Ltda são acusados de falsificar documentos de propriedade, buscando maior margem de lucro em seus negócios de compra e venda de terras.
Plano Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Cultivos Sustentáveis pretende incorporar 40 milhões de hectares para produção de biocombustíveis, celulose, aquicultura, e "um ótimo ativo para se servir" o mercado de carbono. O Plano promete dobrar o agro brasileiro "sem tirar uma só árvore sequer": "uma revolução criativa tropical".
Área de pastagem expandiu 79% e agricultura 228% nos últimos 40 anos, principalmente de monocultivos para exportação, com boa parte baseada na invasão de terras públicas e de comunidades locais. A agropecuária passou de 28% para 47% no Cerrado, já no Pantanal, a superfície de água passou de 21% em 1985 para 4% em 2023.
Em 2 dias Estado de São Paulo registrou 2,6 mil focos de calor: mais de 80% estavam concentrados em áreas de uso agropecuário, como plantações de cana-de-açúcar e pastagens. Inquéritos e prisões sugerem ações organizadas para promover queimadas em larga escala como estratégia para a ocupação e especulação de terras.
Agropalma em parceria com Biofílica anunciam projeto de REDD+, certificado pela Verra, envolvendo mais de 50 mil hectares no Pará. Mais de13 mil ha são sobre florestas nativas para evitar o desmatamento e outra parte de plantio industrial de palma sobre áreas já desmatadas, como pastagens. Segundo as empresas, seriam sequestrados mais de 6 ton. de CO2 equivalente por hectare de palma.
Empresa marroquina Tourba expôs para a Aprosoja/MS sobre agricultura de carbono e como os créditos de carbono gerados pelos produtores rurais significam uma margem de lucro adicional de 10 a 20% para a soja. Segundo o Presidente da Aprosoja/MS, os produtores de soja precisam estar no mercado de carbono para acessar os créditos verdes.