O presidente da Aprosoja/MS, Jorge Michelc, deu as boas-vindas aos presentes e apresentou a equipe da empresa marroquina Tourba, que expôs sobre sequestro e créditos de carbono. “A gente sabe que hoje este é um tema que não dá mais pra fugir. A questão ambiental é um tema cada vez mais comum no nosso meio rural. A gente precisa estar neste mercado para acesso a créditos verdes”, ponderou Michelc.
O gerente da Tourba Brasil, Filipe Nunes, expôs dados sobre a agricultura de carbono e explicou a atuação da empresa. “A agricultura de carbono é uma alavanca poderosa para aumentar a resiliência climática. A Tourba trabalha com órgãos de verificação e certificação para gerar créditos de carbono para os produtores rurais. Essa receita adicional, proveniente de créditos de carbono, siginifica uma margem de lucro de 10 a 20% para a soja, considerando os preços atuais”, explicou.
“Mato Grosso do Sul é dos estados mais corretos ecologicamente. Este mercado do crédito de carbono, movimenta mais de 250 bilhões de dólares por ano, em todo o mundo”, opina o diretor Pompílio Silva.
Após a explanação da Tourba Brasil, foi apresentada aos diretores e associados a ação de Natal que será realizada em 2024, onde uma instituição que atende crianças com idades entre zero e 14 anos será beneficiada. “Estas ações são muito importantes para mostrar para estas futuras gerações o que é o agro e como ele atua em pról da sociedade”, aponta o conselheiro da Aprosoja/MS, Almir Dalpasqualle.
Também como parte da pauta da reunião da diretoria e dos associados, o analista de Economia da Aprosoja/MS, Mateus Fernandes, demonstrou o levantamento dos custos de produção da segunda safra de milho 2023/204.
“Muitos produtores rurais não fazem o seu custo de produção. Com estes dados que a Aprosoja/MS disponibiliza aos seus associados, gratuitamente, eles (produtores), pelo menos, têm noção do seu lucro ou do seu prejuízo”, reflete Jorge Michelc.
Ainda de acordo com o presidente, uma das alternativas para os pequenos e médios produtores rurais não amargarem perdas tão significativas com a sesgunda safra, seria pensar em outras culturas como o girassol, a granola ou a cana-de-açúcar.
Para o associado Antônio de Moraes Ribeiro Neto, o produtor rural precisa ter jogo de cintura para administrar o seu negócio neste período de perdas e de incertezas do mercado. “Precisamos avaliar o nosso trabalho, o potencial e o fôlego que a gente tem para permanecer no mercado. Não é tempo de crescer, é tempo de sobreviver”, avalia.